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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Não é terra arrasada

 

Os modelos de negócios estão se adaptando a essa nova realidade. A verticalização operacional, a criação de novos medicamentos, o avanço do monitoramento remoto e a criação de soluções para saúde preventiva são algumas das tendências que estão remodelando o setor. Além disso, a regulamentação da segurança de dados e a interoperabilidade são aspectos cruciais para a sustentabilidade e eficiência desses novos modelos.


A sobrevivência no setor da saúde é incerta para muitos, mas aqueles que estão dispostos a inovar e adaptar-se às novas tendências têm a oportunidade de prosperar. As startups na área da saúde, por exemplo, estão crescendo rapidamente, explorando novos nichos de mercado e oferecendo soluções inovadoras.


A nova jornada da saúde é uma odisseia coletiva, uma que estamos moldando com cada avanço e decisão estratégica. É uma transformação que não só altera a maneira como a saúde é percebida e administrada, mas também como ela é vivenciada pelos pacientes. O futuro da saúde promete ser mais inclusivo, eficiente e sustentável, e os modelos de negócios que se adaptarem a essa nova era terão um papel fundamental nessa evolução.


Depois do desmoronamento na economia da saúde brasileira, os modelos de negócios do sistema suplementar ruiu, quando a demanda na pandemia superou a arrecadação, criando uma defasagem que ainda não foi totalmente recuperado nos cofres das unidades.


Mesmo o modelo de saúde público que tem fonte público de arrecadação, sofre com a queda do sistema suplementar. Tentativas de modelos que utilizam OSS, não são sustentáveis pois não tem maleabilidade e flexibilidade para as questões de preço por demanda , as santas casas e unidades próprias de gestão públicas ou privadas sofrem as mesmas intempéries.


Os Principais Desafios dos Modelos de Negócios na Saúde


O setor de saúde está em constante evolução, enfrentando uma série de desafios que testam a resiliência e a capacidade de inovação dos modelos de negócios atuais. Entre os principais obstáculos, destacam-se:


1.Sustentabilidade Financeira: A saúde suplementar, por exemplo, luta para superar prejuízos operacionais significativos, com custos médicos crescendo acima da inflação.


2.Acesso à Saúde: No Brasil, a disparidade no acesso aos serviços de saúde privados é notável, com uma porcentagem significativa da população dependente do sistema público de saúde.


3. Qualidade e Desfecho Clínico: O modelo atual, centrado no tratamento da doença, precisa evoluir para promover saúde e prevenção, visando melhorar os desfechos clínicos e a qualidade do atendimento.


4. Adesão ao Tratamento: A dificuldade dos pacientes em seguir tratamentos prescritos é um desafio para alcançar resultados clínicos positivos.


5. Incorporação Tecnológica: A integração de novas tecnologias é essencial, mas traz consigo a necessidade de adaptação rápida e eficiente para conter custos adicionais.


6. Gestão de Riscos: Ajustes nos modelos de gestão para atender novas demandas e a incorporação de tecnologia e inovação são fundamentais para enfrentar crises sanitárias e econômicas.


7. Compliance e Governança: A conformidade com regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e a gestão de riscos corporativos são cruciais para a sustentabilidade dos negócios na saúde.


8. Cadeia de Suprimentos: A gestão eficiente da cadeia de suprimentos é vital, especialmente em um setor onde a demanda por insumos é alta e muitas vezes urgente.


9. Desafios Humanos: Questões como salários não competitivos, falta de investimento, retenção de talentos e o bem-estar dos profissionais de saúde, incluindo o aumento de casos de burnout, são preocupações crescentes.


Estes desafios exigem uma abordagem multifacetada que combine inovação tecnológica, estratégias de gestão eficazes e um compromisso com a melhoria contínua da qualidade e acessibilidade dos cuidados de saúde. As organizações que conseguirem navegar com sucesso por essas questões estarão melhor posicionadas para prosperar em um ambiente de saúde em rápida transformação.


A Transformação dos Modelos de Negócios na Saúde


O setor de saúde está passando por uma transformação sem precedentes. Modelos de negócios que antes eram considerados sólidos estão sendo desafiados por novas demandas e inovações tecnológicas. A era da saúde reativa, focada em tratar doenças após o surgimento dos sintomas, está dando lugar a uma abordagem mais preventiva e personalizada.


A transição para a atenção primária e a utilização de tecnologias como Big Data e Inteligência Artificial estão permitindo uma gestão de dados mais robusta e conectada, trazendo um novo nível de inteligência para os cuidados de saúde. Essas inovações estão mudando o jogo, deslocando o foco para a manutenção da saúde em vez de apenas tratar a doença.

Obrigado .

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Crédito da saúde

 Como dito no livro, A otimização na venda hospitalar, os distribuidores estão em uma situação de financiamento dos seus clientes de unidades médicas.

Com a crescentes das inadimplências muitas empresas já se fecharam por não ter caixa para manter suas operações, muitas ainda sobrevivem de empréstimos para aguardar o pagamentos de seus títulos que por muitas vezes já estão no jurídico à espera dos 15 anos de julgamentos para receber a quantia devida todo esse tempo.

A crise de devedores chega a todas as instâncias, desde a unidade médica, passando por distribuidores e chegando aos fabricantes, a  falta de fornecimento já se vê na qualidade do serviço de saúde mas ainda não é o bastante para que uma ação seja tomando em conjunto .

O debate sendo feito junto as associações e institutos em grandes simpósios e como adquirir mais associados, vendendo a eterna busca por resoluções que nunca vem. A crise da saúde vem não só da falta de recursos e da gestão dos pacientes, mas também da gestão financeira e do modelo de negocio dos fornecedores de matérias médicos em geral .

O modelo de negocio em que materiais perecíveis de validade, de baixa produção nacional e difícil distribuição por modais diversos por nosso pais, juntado com a constante cortes de custos em leiloes de preços e pedidos que não se concretizam, se somam as inadimplências que geram custo financeiros elevados, consumindo as margens de lucro que mantem as empresas.    

Mesmo com associações e convenções, os fornecedores não conseguem chegar ao consenso simples de deixar de vender a prazo, uma medida que não caracterizaria formação de cartel, pois essa seria alegação de tal medida, e resolveria as questões financeiras que se estendem pelo jurídicos e pelas comarcas do país.

Essa medida não mitigaria as vendas já efetuadas a prazo, porém traria doravante uma saúde financeira para as empresas vendedoras a se manter sem necessidade de novos empréstimos a juros ainda fora da realidade do setor .

Mas esse passo dificilmente será dado, pois como dito antes a dependência política para venda de produtos hospitalares principalmente quando temos entorno de 70% das unidades de saúde sendo públicas, e mesmo as privadas tem grande poder de grupos econômicos das redes de saúde.

As empresas espremidas entre pagamentos de parcelas aos bancos e vendas sem previsões de recebimentos, ficam cada mais sem fôlego e como em um dominó, se preparam para levar quantos fornecedores forem possíveis nessa queda.

De modo individual temos que melhorar a eficiência dos processos e aumento das margens para sobreviver a espera de um pagamento, mais uma vez evoco o livro   A otimização na venda hospitalar que complementa esse texto com as informações de tomada de decisão para uma empresa se tornar mais eficiente e evitar desperdícios. A eficiência é vital para a sobrevivência em tempos de crise.

Distribuidor não é banco, não é sócio de unidade médica, nem é Organização sem fins lucrativos. Unidades médicas privadas já preparam recuperação judicial para mitigar suas dívidas enquanto as públicas preparam as precatórias. O devo não nego pago quando, e como, puder vais ser o formato dos próximos anos na saúde. Caso algo não seja feito.