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quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Existe um sistema de apartheid aqui

 Tami Pardo, ex-chefe da Mossad, a agência de inteligência israelense, declarou à agência Associated Press que Israel está, de fato, impondo um sistema de apartheid na Cisjordânia. “Há um Estado de apartheid aqui. Em um território onde duas pessoas são julgadas sob dois sistemas jurídicos, isso é um Estado de apartheid”, disse ele.

Essa frase poderia ser dita em muitos lugares do mundo da mesma forma, por vários atores, inclusive por membros da oposição ou ex-membros das instituições de estado ou de governo.

No brasil a forma de julgar sempre diferenciou o de menor renda e favoreceu o de maior renda e pertencente a estrutura do estado. Em um pais escravista como o brasil também se pode fazer um corte racial nessa analise. Julgamentos isonômicos  no brasil são exceção, um pais que tem histórico de ditaduras deixa isso em evidencia.

Uma democracia com isonomia entre os cidadãs passa por julgamentos isonômicos para serem chamados de justos, a figura da justiça ser uma mulher cega. Avaliação sem saber quem está sendo julgado.

Mas isso não é possível, mecanismos de equidade olham quem para poder avaliar a dosimetria da pena, sendo reavaliado a cada instancia que o caso perpassa, a separação das pessoas por credo, etnia, ou características é cada vez mais evidente para quem olha de perto.

Mesmo os juízes próximos a algum lado politico pode esquecer sua biografia se o interesse momentâneo se provar mais substancial. 

zygmunt bauman da serie sociedade liquida tem um livro chamado Babel em que ele faz um preambulo de como as democracias modernas iram acabar pela falta de interação e entendimento entre as gerações, a tentativa de atender o moderno e o clássico geraria um rompimento como já houve varias vezes na historia de cunho sangrento. 

Eu não seria tão catastrófico, mas a ruptura já se iniciou, a questão é se a cola que une as sociedades será forte o suficiente para suportar tal pressão. E a pergunta principal é : como será que as instituições vão se colocar de agora por diante sem um novo pacto social garantidor do entendimento entre as partes? sem isso tudo vira tirania.

Obrigado.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Supremo é o jogo

 O julgamento que ocorre sobre o dia 8/1 no supremo é essencial para definir o rumo das próximas intentonas contra a democracia jovem e frágil brasileira.

Não se engane o brasileiro politico e politizado  não é democrático, um misto de súdito, vassalo e revolucionário de cátedra tem dificuldade em defender o direito alheio caso não coadune com o seu próprio interesse.  

Fazendo uma analogia o a cultura POP, todo brasileiro é um Anakin Skywalker prestes a seguir o seu ditador, rei, líder que trará a ordem.

Mas a justiça não deveria entrar esse jogo, pois tem poderes para igualar a população em punições, punir sem olhar a quem é o dever da justiça, sem isso, se torna o braço da tirania. Quando o que se faz é menos importante do quem faz o perigo está dado.

Mas o julgamento do 8/1 é mais emblemático, tem mais paixões do publico por conta de serem lideres indiretamente sendo julgados, visões de mundo, e para alguns ate o cerne de seu ser. 

Os juízes do supremo são parte são interessados diretamente, sem revisores e tendo relação pessoais de vitima contra o caso, a isonomia acabou ai, o quem importa muito, são inimigos, o julgamento se torna mera formalidade, mesmo os juízes só discordando da dosimetria, a divergência acalorada entre alguns demonstra que algumas teses ferem suas honra e suas autoridades, tese essas que nem concernem aos próprios e nem estão sendo julgadas, e não foram apuradas devidamente ainda, só teses que apunhalam como faca a pessoa dos juízes . 

Crimes houveram, intenções houveram, mas como muitos pontuaram para lava jato e a liberação de Lula e esquecem agora, também a forma, quando deixa de ser justiça para ser vingança ?

Não importa as intenções o que houver nesse caso será baliza para os próximos e a discussão irá se reacender e a frase será : Não é a mesma coisa. 
Gostaria de ver uma inteligência artificial refazendo todos os julgamento dos eminentes ministros da suprema corte para ver se tem padrão nas condutas. Tenho pra mim que não, o fator sentimento, ganancia, poder, raiva, nunca serão replicados para prever o voto de um ser  humano .

Justiça seria se retirasse o humano e ficassem as regras, para todos.

obrigado.