A crise na saúde brasileira pode parecer uma crise financeira, com falta de investimento publico, falta de recebimento nos hospitais e falta de credito nas operadoras de saúde, mas não é.
O que ocorre é uma crise de confiança no entes que compõe todo o sistema de saúde nacional:
- Casos de corrupção minam a confiança do publico no sistema de saúde.
- A relação entre planos de saúde e unidades estão abaladas devido as glosas em procedimentos.
- Médicos em clinicas que dividem o procedimento para burlar a limitação de pagamento dos planos de saúde.
-Pacientes que tentam burlar o uso de plano de saúde de terceiros .
Em suma, uma crise de confiança entre todas as partes envolvidas, durante anos esses fatores não foram problemas devido a quantidade de dinheiro envolvido no sistema, porem com o advento dos grandes grupos e a concorrência crescente com entrante de produtos Asiáticos, tendo em vista que nossa escola medica era de produtos Europeus e Americanos, essa mudança tornou os preços menores e menos espaços para uma relação de quem usa, quem compra e quem paga, onde esses entes são distintos se torna muito mais sensível .
A rentabilidade do produtos caiu, as margens para ação estão escassas e o lucro dos projetos minguaram. Alguns diriam que isso é ótimo para o consumidor, que a saúde ser rentável é um crime contra a sociedade, mas a verdade é que o efeito pratico é que os investimentos no setor de saúde não se realizam, a expansão das unidades são para cobrir outras unidades que se fecharam ao longo do período, os tratamentos e equipamentos modernos estão evoluindo mais lentamente que em anos anteriores ( salve a vacina da COVID, que teve um investimento alto e uma técnica nova foi criada em tempo nunca antes visto ), e todo força para a evolução medica esta voltada para cortes de custos e tornar procedimentos mais baratos com tratamentos e avaliações a distancia, inteligência artificial para diminuir o custo humano, e aumento de setup para otimizar o espaço hospitalar, essas praticas são igualmente importantes e necessárias para a evolução do setor.
O foco atual da medicina nacional rentável esta nos procedimentos estéticos onde o consumidor tem um ticket médio elevado para realizar os procedimentos com segurança, a saúde de tratamento e prevenção esta sendo custeada por um resquício de passado que insiste não se modernizar. O credito usado nessa versão antiga ainda vai incomodar os novos custeios, pois um refinanciamento de unidades medicas e de planos vão sanar uma parte do problema mas irá impossibilitar a aquisição de materiais modernos, como os "robôs cirúrgicos " permitindo maior precisão nos procedimentos, elevando mais uma vez a discrepância de quem tem acesso e de quem não tem acesso .
obrigado .
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