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quinta-feira, 27 de junho de 2024

Crise de confiança

 A crise na saúde brasileira pode parecer uma crise financeira, com falta de investimento publico, falta de recebimento nos hospitais e falta de credito nas operadoras de saúde, mas não é.

O que ocorre é uma crise de confiança no entes que compõe todo o sistema de saúde nacional: 

- Casos de corrupção minam a confiança do publico no sistema de saúde.

- A relação entre planos de saúde e unidades estão abaladas devido as glosas em procedimentos.

- Médicos em clinicas que dividem o procedimento para burlar a limitação de pagamento dos planos de saúde.

-Pacientes que tentam burlar o uso de plano de saúde de terceiros .

Em suma, uma crise de confiança entre todas as partes envolvidas, durante anos esses fatores não foram problemas devido a quantidade de dinheiro envolvido no sistema, porem com o advento dos grandes grupos e a concorrência crescente com entrante de produtos Asiáticos, tendo em vista que nossa escola medica era de produtos Europeus e Americanos, essa mudança tornou os preços menores e menos espaços para uma relação de quem usa, quem compra e quem paga, onde esses entes são distintos se torna muito mais sensível .

A rentabilidade do produtos caiu, as margens para ação estão escassas e o lucro dos projetos minguaram. Alguns diriam que isso é ótimo para o consumidor, que a saúde ser rentável é um crime contra a sociedade, mas a verdade é que o efeito pratico é que os investimentos no setor de saúde não se realizam, a expansão das unidades são para cobrir outras unidades que se fecharam ao longo do período, os tratamentos e equipamentos modernos estão evoluindo mais lentamente que em anos anteriores ( salve a vacina da COVID, que teve um investimento alto e uma técnica nova foi criada em tempo nunca antes visto ), e todo força para a evolução medica esta voltada para cortes de custos e tornar procedimentos mais baratos com tratamentos e avaliações a distancia, inteligência artificial para diminuir o custo humano, e aumento de setup para otimizar o espaço hospitalar, essas praticas são igualmente importantes e necessárias para a evolução do setor. 

O foco atual da medicina nacional rentável esta nos procedimentos estéticos onde o consumidor tem um ticket médio elevado para realizar os procedimentos com segurança, a saúde de tratamento e prevenção esta sendo custeada por um resquício de passado que insiste não se modernizar. O credito usado nessa versão antiga ainda vai incomodar os novos custeios, pois um refinanciamento de unidades medicas e de planos vão sanar uma parte do problema mas irá impossibilitar a aquisição de materiais modernos, como os "robôs cirúrgicos " permitindo maior precisão nos procedimentos, elevando mais uma vez a discrepância de quem tem acesso e de quem não tem  acesso .

obrigado .        

terça-feira, 25 de junho de 2024

Foco no produto ou na excelência

O ciclo de vida de um produto médico é uma jornada complexa e multifacetada que se estende desde a concepção inicial até o momento em que se torna um produto de alta concorrência no mercado. Este ciclo pode ser dividido em várias fases críticas, cada uma com seus próprios desafios e oportunidades.

- Fase de Desenvolvimento e Pesquisa

Na fase inicial, a pesquisa e o desenvolvimento são fundamentais. Aqui, ideias inovadoras são transformadas em protótipos viáveis. Esta etapa envolve uma extensa pesquisa científica e tecnológica, além de avaliações de viabilidade e conformidade regulatória. A segurança e eficácia do produto são rigorosamente testadas, e as Boas Práticas de Fabricação (BPF) são estabelecidas para garantir a qualidade do produto.

-Ensaios Clínicos e Registro Regulatório

Após a fase de desenvolvimento, o produto médico passa por ensaios clínicos rigorosos para avaliar sua segurança e eficácia em seres humanos. Uma vez que os ensaios clínicos são bem-sucedidos, o produto passa pelo processo de registro regulatório, onde é submetido a uma análise detalhada por órgãos reguladores, como a ANVISA no Brasil, para garantir que atenda a todos os padrões e regulamentos necessários.

-Comercialização

Com a aprovação regulatória, o produto chega ao mercado. Esta é uma fase crítica, onde estratégias de marketing e vendas são implementadas para introduzir o produto médico ao mercado alvo. A fase de comercialização é crucial para estabelecer a marca e ganhar participação de mercado antes que concorrentes entrem no campo.

-Monitoramento Pós Comercialização

Mesmo após o lançamento do produto, o monitoramento contínuo é essencial para garantir a segurança a longo prazo e a eficácia do produto. O feedback dos usuários e profissionais de saúde é coletado para melhorar o produto e identificar quaisquer problemas potenciais.

-Concorrência e Saturação

Com o tempo, outros fabricantes podem entrar no mercado com produtos similares ou alternativos, aumentando a concorrência. Isso pode levar a uma redução nos preços e margens de lucro. Nesta fase, a inovação contínua e a melhoria do produto são vitais para manter a relevância no mercado.

-Declínio e Descontinuação

Eventualmente, a maioria dos produtos médicos enfrentará um declínio nas vendas à medida que novas inovações substituem as antigas. Neste ponto, as empresas podem optar por descontinuar o produto, focar em nichos de mercado específicos ou reinventar o produto para atender às novas necessidades do mercado.

A faze entre a Comercialização e o Declínio vem diminuindo constantemente, criando a demanda de novos produtos constantemente para pagar as custas de desenvolvimento para próxima geração de produtos. A indústria medica hospitalar já foi uma indústria que com grandes lucros proporcionava também maiores investimentos ao atendimento e educação continuada para uso de seus produtos, As visitações em unidade para apresentação e treinamento tem ficado cada vez mais caros com os custos de deslocamento, a atenção do cliente de forma remota ainda não foi totalmente implementada e as formas de aproximação ainda não estão totalmente estabelecidas.

O novo formato que vem surgindo pós pandemia de covid 19  ainda não esta bem estabelecido, como quem receber, em que locais da unidade receber e qual a formatação de conduta e vestuário para receber os vendedores nas unidades e nas clinicas .

Os produtos consolidados no mercado necessitam de menos propaganda que os entrantes, e os entrantes necessitam de uma atenção te nicho que se quer atrair . O formato do marketing de produtos médicos sofre uma mudança financeira e de relações, mas não importa para onde vai essa reação ira continuar pois o tripe dessa grande estrutura é a indústria produzindo produtos médicos, a academia produzindo conhecimentos médicos e o corpo medico assistencial pondo em pratica todos esses conceitos juntos .