Como dito no livro, A otimização na venda hospitalar, os distribuidores estão em uma situação de financiamento dos seus clientes de unidades médicas.
Com a crescentes das inadimplências muitas empresas já se fecharam por não ter caixa para manter suas operações, muitas ainda sobrevivem de empréstimos para aguardar o pagamentos de seus títulos que por muitas vezes já estão no jurídico à espera dos 15 anos de julgamentos para receber a quantia devida todo esse tempo.
A crise de devedores chega a todas as instâncias, desde a unidade médica, passando por distribuidores e chegando aos fabricantes, a falta de fornecimento já se vê na qualidade do serviço de saúde mas ainda não é o bastante para que uma ação seja tomando em conjunto .
O debate sendo feito junto as associações e institutos em grandes simpósios e como adquirir mais associados, vendendo a eterna busca por resoluções que nunca vem. A crise da saúde vem não só da falta de recursos e da gestão dos pacientes, mas também da gestão financeira e do modelo de negocio dos fornecedores de matérias médicos em geral .
O modelo de negocio em que materiais perecíveis de validade, de baixa produção nacional e difícil distribuição por modais diversos por nosso pais, juntado com a constante cortes de custos em leiloes de preços e pedidos que não se concretizam, se somam as inadimplências que geram custo financeiros elevados, consumindo as margens de lucro que mantem as empresas.
Mesmo com associações e convenções, os fornecedores não conseguem chegar ao consenso simples de deixar de vender a prazo, uma medida que não caracterizaria formação de cartel, pois essa seria alegação de tal medida, e resolveria as questões financeiras que se estendem pelo jurídicos e pelas comarcas do país.
Essa medida não mitigaria as vendas já efetuadas a prazo, porém traria doravante uma saúde financeira para as empresas vendedoras a se manter sem necessidade de novos empréstimos a juros ainda fora da realidade do setor .
Mas esse passo dificilmente será dado, pois como dito antes a dependência política para venda de produtos hospitalares principalmente quando temos entorno de 70% das unidades de saúde sendo públicas, e mesmo as privadas tem grande poder de grupos econômicos das redes de saúde.
As empresas espremidas entre pagamentos de parcelas aos bancos e vendas sem previsões de recebimentos, ficam cada mais sem fôlego e como em um dominó, se preparam para levar quantos fornecedores forem possíveis nessa queda.
De modo individual temos que melhorar a eficiência dos processos e aumento das margens para sobreviver a espera de um pagamento, mais uma vez evoco o livro A otimização na venda hospitalar que complementa esse texto com as informações de tomada de decisão para uma empresa se tornar mais eficiente e evitar desperdícios. A eficiência é vital para a sobrevivência em tempos de crise.
Distribuidor não é banco, não é sócio de unidade médica, nem é Organização sem fins lucrativos. Unidades médicas privadas já preparam recuperação judicial para mitigar suas dívidas enquanto as públicas preparam as precatórias. O devo não nego pago quando, e como, puder vais ser o formato dos próximos anos na saúde. Caso algo não seja feito.
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