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terça-feira, 6 de maio de 2025

A batalha financeira nas unidades hospitalares

 As dificuldades enfrentadas na gestão financeira de unidades de saúde são multifacetadas e refletem tanto problemas históricos quanto desafios atuais estruturais e operacionais. Esses entraves se manifestam de diferentes formas, desde a forma como os repasses de verbas são realizados, tanto pelo sistema público quanto pelo privado, até a inadimplência decorrente do não cumprimento dos compromissos financeiros com os fornecedores, que, por sua vez, frequentemente evolui para a judicialização dos saldos devedores.

Repasses e Financiamento

No sistema público, os repasses de recursos para as unidades de saúde ocorrem predominantemente por meio de transferências federais, estaduais e municipais. No entanto, a burocracia e o subfinanciamento crônico são problemas latentes. Essa realidade impede que os gestores tenham acesso rápido e em quantidades compatíveis com as necessidades operacionais, o que compromete a manutenção dos serviços oferecidos. Dois fatores se destacam: primeiro, a rigidez dos mecanismos de transferência e, segundo, a fragmentação das fontes de recursos, que criam desafios na integração e no planejamento orçamentário das unidades.

Por outro lado, no setor privado, os repasses – frequentemente oriundos de operadoras de planos de saúde ou de convênios – também enfrentam complicações. Embora a burocracia seja, em geral, menos intensa que na esfera pública, a inconsistência no fluxo de caixa e a eventual morosidade no repasse efetivo dos valores demandam que os gestores se antecipem a possíveis falhas na liquidez. Essa inconstância gera um ambiente de insegurança financeira, que pode comprometer negociações e a manutenção de estoques essenciais, além de impactar diretamente o atendimento ao paciente.

 Inadimplência com Fornecedores

Devido aos atrasos e à insuficiência dos repasses, muitas unidades de saúde acabam não conseguindo honrar seus compromissos com fornecedores. Essa inadimplência surge como consequência direta da defasagem entre o fluxo de recursos previsto e o efetivamente recebido, aliada à dificuldade na gestão dos recursos disponíveis. Fornecedores de medicamentos, equipamentos e insumos hospitalares, ao não receberem de forma regular, veem-se forçados a interromper ou limitar suas entregas, agravando os riscos operacionais e comprometendo a qualidade dos serviços prestados.

 Judicialização dos Saldos Devedores

Quando as dívidas se acumulam e a inadimplência se torna crônica, o caminho dos fornecedores costuma levar à judicialização. Esse processo não somente gera custos adicionais, como com honorários advocatícios e delongações dos trâmites legais, mas também impõe um ônus psicológico e reputacional às unidades de saúde. A judicialização pode, inclusive, bloquear recursos que seriam destinados à melhoria dos serviços, contribuindo para um ciclo vicioso de ineficiência e dificuldades administrativas. Essa realidade reflete o descompasso entre as obrigações financeiras assumidas e a capacidade efetiva das unidades em gerir e repassar os recursos conforme planejado.

 Desafios e Perspectivas para a Melhoria na Gestão

A resolução desses problemas passa necessariamente por uma revisão profunda dos modelos de financiamento e gestão. Investir em modernização dos sistemas administrativos e contábeis – por meio da digitalização de processos e da integração de informações entre as diferentes esferas de gestão – pode reduzir gargalos e permitir uma identificação mais rápida dos riscos de inadimplência. Além disso, é crucial promover a capacitação dos gestores locais, de maneira que possam planejar e executar o orçamento de forma mais eficaz e transparente. Outra estratégia importante envolve a redefinição dos critérios de repasse, que deve buscar equilíbrio entre as demandas das unidades e a realidade econômica dos entes responsáveis pelos repasses, sejam eles públicos ou privados.

Ao repensar esses processos, não só se minimiza a inadimplência e a judicialização das dívidas, mas também se potencializa a capacidade de resposta das unidades de saúde frente às demandas crescentes da população. Esse equilíbrio é fundamental para garantir um serviço de saúde de qualidade e para assegurar que os recursos disponíveis sejam efetivamente convertidos em bem-estar social.


Código de ética

Código de Ética e Boas Práticas da Help Star: Um Compromisso com a Integridade e a Excelência


O documento apresenta um conjunto robusto de normas e diretrizes que regem a conduta dos colaboradores da Help Star, servindo tanto como um instrumento de referência interna quanto como um selo de responsabilidade social e institucional. Baseado na legislação vigente e nos valores éticos aceitos socialmente, o Código propõe uma série de orientações que visam criar um ambiente de trabalho íntegro, colaborativo e alinhado com a missão e os objetivos da empresa.

1. Fundamentos e Objetivos

Normas e Diretrizes Éticas: O código define os direitos e deveres dos profissionais, fundamentando-se em práticas legais e morais que visam orientá-los nas suas atribuições diárias. Ele é apresentado como um instrumento essencial para consolidar a visão, a missão e os valores da empresa, garantindo comunicações claras, transparentes e éticas tanto internamente quanto com parceiros externos.


Compromisso Social e Empresarial: Ao enfatizar o exemplo ético como um motor para o crescimento sustentável, o documento reforça que a excelência e os resultados não se medem apenas pelos indicadores econômicos, mas também pelo respeito às pessoas, o uso consciente dos recursos, a redução de desperdícios e o impacto positivo no ambiente e na sociedade.

2. Estrutura e Conteúdo

Introdução e Mensagem da Diretoria: A Help Star se posiciona em um mercado altamente competitivo – o de produtos para a saúde – onde a qualidade dos produtos e de serviços é primordial. A mensagem da diretoria ressalta que o compromisso com a ética vai muito além da geração de valor econômico, sendo fundamental para agregar valor às pessoas e construir uma cultura de respeito e transparência.


Visão, Missão e Valores:

  Visão: Destacar-se como a melhor empresa na representação e distribuição de produtos médicos e hospitalares, pautando-se pela qualidade e atendimento diferenciado.  

  Missão: Oferecer produtos de qualidade, com preços competitivos e um atendimento humanizado, visando a fidelização e a satisfação dos clientes.  

 Valores: Enfatizam o relacionamento transparente, o respeito aos colaboradores, a ética, a competitividade responsável e o compromisso com a sustentabilidade.


Política de Qualidade: Este segmento destaca o compromisso com a excelência, enfatizando a melhoria contínua, o foco no cliente, o desenvolvimento das pessoas e a construção de parcerias sólidas e responsáveis, além de reforçar o compromisso com a responsabilidade social e a criação de um ambiente de trabalho saudável.


Proteção de Dados e Compliance: 

  LGPD: A seção dedica-se à proteção dos dados pessoais, demonstrando o compromisso da Help Star com a privacidade e a segurança das informações, em conformidade com a legislação.

  Compliance: Ressalta a importância da conformidade com leis e normas éticas, estabelecendo políticas e práticas que previnem riscos legais, operacionais e reputacionais.


Direito de Imagem: Fica claro que o uso das imagens de colaboradores e parceiros deve ser autorizado previamente, garantindo a proteção dos direitos individuais e a utilização exclusiva para fins institucionais e promocionais de forma ética.


Conduta Ética Detalhada:

  No Ambiente de Trabalho: Normas para garantir respeito, lealdade, confidencialidade, igualdade de oportunidades e responsabilidade no uso dos recursos e informações.

  Nas Relações com Profissionais da Área da Saúde, Clientes, Fornecedores e Representantes: Estabelece orientações específicas para manter uma postura ética, transparente e profissional em todas as interações, evitando conflitos de interesses e promovendo a integridade em cada relação comercial ou institucional.


Comitê de Ética e Boas Práticas: Um órgão interno responsável por monitorar, fiscalizar e recomendar medidas corretivas no caso de violações das diretrizes do código. Sua atuação é essencial para manter a integridade e a coerência da conduta corporativa.


Termo de Compromisso: Ao final, o documento formaliza a adesão de cada colaborador aos princípios e normas estabelecidos, reforçando o compromisso individual e coletivo com a ética e a imagem da empresa, inclusive com a autorização para o uso institucional da imagem.


3. Considerações Finais


A resenha do código evidencia que a Help Star não enxerga a ética apenas como um conjunto de regras, mas como um elemento intrínseco à sua identidade e atuação. Ao desenvolver um documento tão abrangente, a empresa reforça sua postura de responsabilidade social e compromisso com a excelência, criando um ambiente de trabalho fundamentado na transparência, no respeito e na integridade. Assim, o Código de Ética e Boas Práticas não somente orienta comportamentos, como também consolida a cultura organizacional que tem guiado a empresa por mais de 30 anos, mirando sempre na evolução contínua diante dos desafios do mercado.

Essa abordagem não só explica as diretrizes operacionais e éticas da Help Star, mas também ressalta o papel estratégico do código na manutenção e fortalecimento da reputação e da credibilidade da empresa. Aproveitando o tema, vale discutir como códigos similares podem ser adaptados para outros setores, refletindo a importância de uma conduta ética clara em ambientes corporativos dinâmicos e competitivos.