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sexta-feira, 7 de março de 2025

Onde está o dinheiro da saúde?

 Como já dito no meu livro, A  otimização da venda hospitalar , a relação econômica entre hospitais públicos e privados, bem como o impacto financeiro no movimento econômico dos usuários, é uma questão complexa e multifacetada. Hospitais públicos, geralmente financiados por fundos governamentais, desempenham um papel crucial na garantia do acesso universal à saúde, especialmente para populações de baixa renda. Por outro lado, os hospitais privados dependem principalmente de pagamentos diretos dos pacientes ou de convênios médicos, focando na prestação de serviços personalizados e, muitas vezes, de alta tecnologia. A população usuária desses modelos é integrada, pois no brasil a saúde privada é a saúde complementar do SUS, sendo assim existe um publico que classe medida baixa que oscila entre ser usuário de unidades publicas e unidades privadas de acordo com o movimento econômico do pais no momento. Quando há expansão econômica um grupo maior de pessoas está usando hospitais privados e quando há contração esse grupo retorna a ser usuário dos hospitais públicos.

Essa interação gera um movimento econômico importante: o usuário, ao buscar serviços de saúde, toma decisões baseadas em fatores como custo, qualidade percebida e urgência. Essas escolhas impactam tanto o financiamento do sistema público, que precisa atender grandes volumes de pessoas, quanto a sustentabilidade do setor privado, que depende da capacidade de atrair e fidelizar clientes.

Essa dinâmica reflete não apenas questões de saúde, mas também movimentos econômicos. Assim, o equilíbrio e a cooperação entre os dois setores podem ser determinantes para a eficiência do sistema de saúde como um todo. 

A colaboração entre hospitais públicos e privados pode ser fortalecida por meio de políticas que promovam sinergia, eficiência e acesso à saúde. 

1.Parcerias Público Privadas (PPPs): Implementar e expandir PPPs para compartilhar recursos, como infraestrutura e tecnologia, e melhorar a qualidade dos serviços prestados no setor saúde: processos globais 

2. Gestão Compartilhada: Adotar modelos de gestão compartilhada, onde hospitais privados possam administrar unidades públicas, trazendo práticas inovadoras e maior eficiência operacional.

3. Incentivos Fiscais: Oferecer benefícios fiscais para hospitais privados que atendam pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso a serviços especializados.

4. Regulamentação e Coordenação: Criar comissões mistas com representantes de ambos os setores para desenvolver políticas que alinhem interesses e garantam a funcionalidade do sistema de saúde.

5. Capacitação e Pesquisa: Estimular a colaboração em programas de treinamento e pesquisa, promovendo o desenvolvimento de novas tecnologias e práticas médicas.

Essas políticas podem ajudar a criar um sistema de saúde mais integrado e eficiente. 

Os modelos de negócios de hospitais públicos e privados têm impactos distintos nos orçamentos governamentais e nos planos de saúde:

Impactos no orçamento público:

1. Hospitais públicos: O financiamento dos hospitais públicos provém de recursos estatais e é destinado a atender a maior parte da população, muitas vezes com serviços gratuitos. Os custos incluem salários, manutenção de infraestrutura, medicamentos e equipamentos. Um aumento na demanda por esses serviços, devido à insuficiência de hospitais privados para absorver parte da população, pode sobrecarregar o orçamento público.

2. Parcerias Público Privadas (PPPs): Apesar de aliviarem o sistema público, PPPs também podem exigir investimentos governamentais iniciais, criando pressão fiscal, especialmente se os contratos não forem bem gerenciados.

Impactos nos planos de saúde (setor privado):

1. Hospitais privados: Esses estabelecimentos dependem da receita de convênios médicos e atendimentos particulares. O aumento nos custos operacionais, como modernização tecnológica ou escassez de profissionais de saúde, tende a ser repassado para os preços das mensalidades de planos de saúde, onerando os usuários.

2. Demanda e custo-benefício: Quando a qualidade ou acessibilidade dos hospitais públicos é reduzida, há maior demanda pelos serviços privados, potencialmente aumentando os lucros, mas também os custos para o sistema privado.

Manter o orçamento de um hospital justo diante do aumento dos custos de exames médicos e internações exige uma gestão estratégica e eficiente. 


1. Automatização de Processos: Implementar sistemas de gestão hospitalar para otimizar tarefas administrativas e reduzir desperdícios. Isso libera os profissionais para focarem no atendimento ao paciente.

2. Controle de Estoque: Gerenciar estoques de forma eficiente para evitar desperdícios ou falta de materiais essenciais. Um estoque equilibrado reduz custos desnecessários.

3. Negociação com Fornecedores: Avaliar regularmente os fornecedores para garantir melhores preços e condições. Parcerias de longo prazo podem trazer benefícios financeiros.

4. Gestão de Custos Diretos e Indiretos: Identificar e classificar os custos para entender onde estão os maiores gastos e como otimizá-los. Por exemplo, energia elétrica e manutenção de equipamentos podem ser ajustados para maior eficiência.

5. Parcerias Estratégicas: Estabelecer colaborações com outros hospitais ou laboratórios para compartilhar recursos e reduzir custos operacionais.

6. Educação e Treinamento: Capacitar a equipe para utilizar recursos de forma eficiente e evitar desperdícios.

7. Monitoramento Contínuo: Acompanhar os indicadores financeiros e operacionais para identificar áreas de melhoria e ajustar o planejamento orçamentário.

A aplicação de medidas para manter um orçamento hospitalar justo enfrenta uma série de desafios que podem variar de acordo com o contexto econômico, social e estrutural do hospital.:

1.Resistência à Mudança: A introdução de novas tecnologias ou processos pode enfrentar resistência por parte da equipe, especialmente se não houver treinamento adequado ou comunicação clara sobre os benefícios dessas mudanças.

2. Recursos Limitados: Muitos hospitais, especialmente os públicos, operam com orçamentos restritos, o que dificulta a implementação de inovações, aquisição de equipamentos modernos e manutenção adequada.

3. Gestão Ineficiente: Falhas na gestão, como falta de transparência, má distribuição de recursos ou ausência de estratégias claras, podem comprometer a eficácia das medidas propostas.

4. Demanda Crescente: O aumento contínuo na demanda por serviços hospitalares, causado por fatores como envelhecimento da população e aumento de doenças crônicas, pode pressionar os recursos e dificultar o equilíbrio orçamentário.

5.Complexidade Regulatória: O cumprimento de regulamentos e políticas de saúde pode ser desafiador, especialmente no setor público, onde há maior burocracia e fiscalização.

6. Parcerias Mal Gerenciadas: Enquanto as colaborações público privadas podem trazer benefícios, uma má gestão desses acordos pode gerar custos adicionais e comprometer a eficiência.

7. Custos Variáveis e Imprevisíveis: A alta nos preços de medicamentos, exames e equipamentos, muitas vezes imprevisível, pode desestabilizar o orçamento planejado.

Esses desafios exigem uma abordagem estratégica, com foco em planejamento de longo prazo, gestão eficiente de recursos e engajamento de toda a equipe hospitalar. 

Hospitais, sejam públicos ou privados, empregam diversas estratégias para gerenciar seus orçamentos e manter a sustentabilidade financeira. 

1. Gestão por Resultados

Hospitais estabelecem metas financeiras e operacionais, como redução de custos ou aumento da eficiência nos processos, e monitoram continuamente os resultados para ajustar as estratégias conforme necessário.

2. Diversificação de Receitas

Hospitais privados frequentemente exploram múltiplas fontes de receita, como prestação de serviços especializados, locação de espaços para clínicas externas e até parcerias para ensaios clínicos.

3. Controle de Custos

Auditorias regulares: Revisam despesas para identificar áreas de desperdício.

Contratos centralizados: Negociam compras de materiais e medicamentos com fornecedores para obter melhores preços.

4. Investimento em Tecnologia

Sistemas de gestão hospitalar digitalizados e inteligência artificial ajudam a otimizar processos, como a alocação de recursos e a previsão de demanda, reduzindo custos operacionais.

5. Planejamento Orçamentário

Orçamentos anuais são cuidadosamente elaborados com projeções realistas de receitas e despesas, com margens para lidar com imprevistos, como custos emergenciais.

6. Cooperação Regional

Hospitais, especialmente os públicos, podem formar redes regionais para compartilhar recursos, como laboratórios, equipamentos e equipes especializadas, diluindo custos.

7. Foco na Prevenção

Incentivos para programas de saúde preventiva podem reduzir internações e tratamentos caros a longo prazo, diminuindo a pressão financeira sobre o hospital.

8. Parcerias Público Privadas (PPPs)

Parcerias permitem que hospitais públicos acessem investimentos e expertise privada, enquanto hospitais privados podem atender pacientes do sistema público em troca de incentivos.

Essas estratégias podem variar de acordo com os contextos locais e as características individuais dos hospitais.

Mesmo com esse numero de fatores e estudos sobre a gestão da saúde ainda necessitamos de uma maior coordenação com o parque fabril nacional, uma rede de distribuição eficiente e apita a gerir toda a cadeia de suprimentos de forma eficiente e que evite desperdícios como vencimento desses produtos que são altamente perecíveis. 

  Cortar os custos financeiros e juros de uma venda de material medico igualmente ajuda a minimizar os custos totais da compra efetiva na gestão geral. 

Os modelos devem ser escolhidos para se adequar a cada unidade e seu modelo de negocio.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Favela zona franca salva da violência

 Favelas Livres de Impostos: Uma Solução Inovadora para Combater a Criminalidade?


As favelas do Rio de Janeiro são conhecidas por sua vibrante cultura, senso de comunidade e resistência. No entanto, também enfrentam desafios significativos, incluindo altos índices de criminalidade e falta de oportunidades econômicas. Em meio a tantas discussões sobre como resolver esses problemas, surge uma proposta inovadora: tornar as favelas zonas francas, livres de impostos. Mas será que essa estratégia poderia realmente fazer a diferença?


O Que São Zonas Francas?


Zonas francas são áreas geográficas onde as empresas operam sob condições fiscais especiais, geralmente com isenção de impostos sobre renda, importação e exportação. A ideia é atrair investimentos, fomentar o desenvolvimento econômico e criar empregos. Em algumas partes do mundo, essas zonas têm tido sucesso em transformar economias locais, promovendo crescimento e inovação.


Benefícios Potenciais


1. Atração de Investimentos: Isentar empresas de impostos poderia atrair novos negócios para as favelas. Isso não apenas geraria empregos, mas também traria infraestrutura e serviços necessários para o desenvolvimento sustentável.

   

2. Desenvolvimento Econômico: Com mais empresas operando nas favelas, haveria um aumento na circulação de dinheiro, o que beneficiaria os moradores locais e potencialmente reduziria a dependência da economia informal.


3. Redução da Criminalidade: A falta de oportunidades econômicas é um dos fatores que contribuem para a criminalidade. Ao criar empregos e oferecer alternativas legítimas, poderíamos observar uma diminuição nas atividades criminosas.


Desafios e Reflexões


Embora a ideia de transformar favelas em zonas francas seja atraente, é importante considerar os desafios. Primeiro, há a questão de como garantir que os benefícios econômicos realmente cheguem aos moradores das favelas e não apenas às empresas. Também é crucial desenvolver mecanismos para evitar que a isenção de impostos seja explorada por atividades ilegais.


Além disso, o impacto de políticas como essa deve ser acompanhado de perto por organizações sociais e governamentais para garantir que os objetivos de desenvolvimento e segurança sejam alcançados de maneira justa e sustentável.


 Conclusão


A proposta de transformar favelas em zonas francas, livres de impostos, oferece uma nova perspectiva sobre como combater a criminalidade e promover o desenvolvimento econômico. No entanto, como qualquer política inovadora, requer planejamento cuidadoso, implementação criteriosa e monitoramento contínuo. Com a abordagem correta, poderíamos testemunhar uma transformação significativa nas favelas do Rio de Janeiro, onde oportunidades florescem e a criminalidade diminui.


O que você acha? Será que essa estratégia poderia ser a chave para um futuro mais promissor nas favelas do Rio de Janeiro?

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Vidência ativa

 fico surpreso com meu poder de vidência, No texto  Fim do governo , já dizia lá o que vemos agora, sem compromisso com o erro, porem não os cometendo venho mais uma vez usar meus poderes mediúnicos para fazer a próxima previsão.

O lula perde para qualquer candidato. Bolsonaro continuará inelegível .Tendo posto isso irei fazer a analise e fazer algumas apostas de candidatos.

No campo do próprio lula , ele será o próprio candidato e mesmo se tentar fazer um troca será como Biden, de ultima hora e com a certeza da derrota. Os candidatos mais para esquerda politica irão se lançar como sempre, mas com a mesma expressão de sempre, menor que 1% . 

O Ciro virá mas não empolgará mais uma vez, tem  publico mas não consegue as bençãos dos 2 maiores puxadores de votos vivos do pais. O Caiado entra no mesmo problema que o Ciro do lado oposto. Nem um candidato que saia da polarização vai conseguir quebrar os 60% que já estão com o Lula e Bolsonaro juntos e os 40% que faltam não se unem em torno de alguns nomes, irão preferir dividir votos e ficar todos fora do segundo turno .

Os candidatos herdeiros do Bolsonaro se multiplicam e ele vai escolher alguém da família dele como  cabeça ou como vice para aceitar dar seu apoio, Tarcísio é o nome para vitória mas acho pouco provável que deixem ele concorrer, ele já é maior que Bolsonaro. Todos as celebridades vão só fazer só coreografia para bobo dançar. 

O maior das incógnitas está no MDB que não costuma estar fora do governo com candidatos próprios ou com vice matadores, com a força politica do PP e do união brasil, são os 3 partidos que governam o pais fora da dicotomia PT X PL com seus lideres. 

Bom ainda não vou cravar uma vitória mas 2026 o debate publico será um, mas o que mais me interessa será ver a movimentação dos agentes que vão o apagamento ou o ressurgimento do Bolsonaro.

Mas que o PT sofrerá a maior derrota que seu partido já teve, mesmo tendo a maquina publica, o judiciário, a mídia comercial regular, assim como PSDB que desapareceu por sua falta na dicotomia com o PT o próximo partido a liderar a esquerda será o PSOL e posso chutar que terá uma bancada de deputados maior que a do PT na câmara, talvez fará ate seu ou sua primeiro (a) Governador (a).

Obrigado.  

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Roanet da saúde

 A saúde pública é um dos pilares fundamentais para o bem-estar e desenvolvimento de uma sociedade. No entanto, a escassez de recursos e a crescente demanda por serviços de saúde de qualidade têm desafiado governos e comunidades ao redor do mundo. Inspirada na bem-sucedida Lei Rouanet, que promoveu um significativo avanço no financiamento de projetos culturais no Brasil, surge a proposta de uma nova legislação: a Lei de Incentivo à Saúde. Esta lei visa mobilizar recursos da iniciativa privada e da sociedade civil para fortalecer o sistema de saúde pública, garantindo um atendimento mais eficiente e acessível para todos os cidadãos. A seguir, exploramos os principais aspectos e benefícios dessa inovadora proposta. Uma lei semelhante à Lei Rouanet, mas voltada para o investimento em unidades de saúde, poderia funcionar da seguinte maneira:

  1. Incentivo Fiscal: Empresas e indivíduos poderiam destinar parte de seus impostos devidos para projetos de saúde, como a construção, reforma e manutenção de unidades de saúde, compra de equipamentos médicos, e programas de capacitação de profissionais de saúde.

  2. Cadastro de Projetos: Assim como na Lei Rouanet, os projetos de saúde precisariam ser cadastrados e aprovados por um órgão governamental específico, que avaliaria a relevância e a viabilidade dos projetos.

  3. Transparência e Prestação de Contas: Os responsáveis pelos projetos teriam que prestar contas detalhadas sobre a utilização dos recursos, garantindo transparência e eficiência no uso do dinheiro público.

  4. Parcerias Público-Privadas: A lei poderia incentivar parcerias entre o setor público e privado, promovendo a colaboração para melhorar a infraestrutura e os serviços de saúde.

  5. Foco em Áreas Carentes: Prioridade poderia ser dada a projetos em regiões com maior carência de serviços de saúde, visando reduzir desigualdades no acesso à saúde.

  6. Monitoramento e Avaliação: Um sistema de monitoramento e avaliação contínua dos projetos seria essencial para garantir que os objetivos de melhoria na saúde pública sejam alcançados.

Essa lei poderia ser chamada de "Lei de Incentivo à Saúde" e teria como objetivo principal mobilizar recursos da sociedade para fortalecer o sistema de saúde pública, garantindo um atendimento de qualidade para todos.

Em conclusão, a implementação de uma Lei de Incentivo à Saúde representa um passo significativo para o fortalecimento do nosso sistema de saúde pública. Ao mobilizar recursos da sociedade e promover parcerias entre o setor público e privado, podemos garantir que todos os cidadãos tenham acesso a serviços de saúde de qualidade.

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um patrimônio nacional, um exemplo de solidariedade e inclusão que deve ser celebrado e fortalecido. Com essa nova lei, reafirmamos nosso compromisso com a saúde pública, reconhecendo o SUS como um pilar essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Juntos, podemos transformar a saúde no Brasil, garantindo um futuro mais saudável e promissor para todos.